Por Adm. Marizete Furbino
“Nenhuma dor é tão mortal quanto a da luta para sermos nós mesmos”.
(Ievguêni VinoKurov)
Em meio ao mundo em que vivemos, torna-se de fundamental importância ter a consciência de que obstáculos sempre irão existir. Sem estes, talvez a vida não tivesse o menor sentido; porém, devemos ter a sabedoria de conduzi-los e resolvê-los, mantendo certo equilíbrio emocional, para assim conseguirmos enxergar uma “luz no final do túnel”, buscando desta forma, meios para solucioná-los.
É decisivo perceber que, se o profissional perde o equilíbrio emocional diante dos “entraves” que a vida possa lhe oferecer, além de se sentir sem força interior para enfrentar tais problemas, sua mente estará literalmente bloqueada, impedindo-o de pensar, raciocinar e analisar tal questão; logo, dificilmente, o problema será resolvido.
Todavia, é esperado que, mesmo em meio às “tempestades” da vida, seja necessário que o nosso profissional em questão tenha total controle sobre suas ações e reações, pois uma “turbulência” vivenciada pode não apenas lhe abater, mas derrubá-lo, neste mercado marcado pela competitividade.
Equivale salientar que, ter a sabedoria de como lidar com os problemas, pessoas, pressões, prazos e metas constituem hoje um grande desafio.
Em adição, o profissional do século XXI deverá ter a sabedoria de enxergar a linha tênue que separa a sua vida pessoal da sua vida profissional e assim tentar a todo custo manter o equilíbrio emocional, mesmo em meio ao emaranhado de exigência do mercado. Procedendo assim, ele evitará futuros transtornos no que tange à sua saúde, pois sabemos que o ser humano é um ser bio-psico-social. Pensando assim, sua saúde dependerá não somente de seu estado físico, mas dependerá e muito do equilíbrio entre o seu pensamento e do seu estado emocional.
Diante do exposto, torna-se imprescindível que o profissional dedique um tempo para meditar e analisar a situação em que se encontra. Desta maneira, irá alcançar não somente o autocontrole, mas tomará consciência da verdadeira situação, sem fazer “tempestades em copos d’água”; por conseguinte, descobrirá com tamanha facilidade o caminho que irá conduzi-lo à resolução dos problemas vivenciados.
Fundamental é fazer um trabalho de imersão, de forma a repensar a situação vivenciada para identificar as possíveis falhas, reconhecer e identificar os possíveis erros e acertos, tornando esta postura de certo modo obrigatória quando se deseja saber não somente qual o caminho a percorrer, mas principalmente, onde, quando, como e o porquê do caminhar. Esta reflexão permite ao profissional um direcionamento bem como a realização de um planejamento e projeção do que se deseja implementar.
Isto posto, é importante compreender que autocontrole e maturidade andam de mãos dadas. Todos os nossos comportamentos e atitudes são norteados pelo autocontrole quando se tem certa maturidade; logo, obtém-se o equilíbrio emocional em meio a quaisquer circunstâncias da vida.
É sabido que, quando o profissional se encontra em meio a uma turbulência, o mesmo tende a se desesperar e a incorporar uma autoimagem negativa, com uma visão de mundo, além de extremamente sombria, pessimista. No entanto, é importante salientar que esta negatividade tende a contribuir somente para conduzi-lo a um verdadeiro caos.
Desse modo, a saída será ter uma visão realista, encarando a vida de frente e com total equilíbrio emocional, sendo muitas vezes até nocauteado, mas acima de tudo autoconfiante, procurando fazer de cada entrave um degrau para sua subida, retirando assim grandes lições de tudo que lhe acontece, não se deixando abater pelos acontecimentos inesperados e tidos inicialmente como ruins.
Resta então claramente demonstrado, que competência profissional sem equilíbrio emocional, não é satisfatória para o mercado de trabalho. Há que se prezar pelo equilíbrio emocional se é desejo pelo menos sobreviver em meio à selvageria deste mercado atual.
Destarte, enfatizamos dizer que seu sucesso profissional, além de sua capacidade intelectual, está atrelado ao seu equilíbrio emocional. A maturidade, o autocontrole, o autoconhecimento, a empatia, a simpatia, a autopercepção, a sensibilidade, o equilíbrio emocional, a capacidade de se adaptar, a capacidade de não apenas saber lidar com as pessoas, mas de saber liderar, saber trabalhar em equipe, são características que merecem destaque em qualquer profissional do século XXI.
Por fim, ressaltamos que o profissional que possui equilíbrio emocional sabe muito bem administrar suas emoções, e de forma otimista atua como um verdadeiro intraempreendedor, trabalhando na empresa do outro como se a empresa fosse sua, tendo muita iniciativa e entusiasmo em sua função, contribuindo sobremaneira para com o desenvolvimento e crescimento da empresa.
Marizete Furbino, com formação em Pedagogia e Administração pela UNILESTE-MG, especialização em Empreendedorismo, Marketing e Finanças pelo UNILESTE-MG. É Administradora, Consultora de Empresa e Professora Universitária no Vale do Aço/MG.
Contatos através do e-mail: marizetefurbino@yahoo.com.br